Desde o tempo de “Os Jetsons” ou de “Guerra nas Estrelas” se imaginava que algum dia os robôs teriam um papel no cotidiano dos humanos. Nos últimos tempos, vimos a robótica crescer em alguns setores, ainda que em ritmo lento. Contudo, a chegada do novo coronavírus mudou esse ritmo.
De acordo com reportagem do jornal “The New York Times”, nos Estados Unidos a pandemia forçou uma aceleração da robótica. Nesse contexto o objetivo não é mais reduzir custos trabalhistas ou ganhar produtividade. A necessidade urgente é a de reduzir ao máximo o contato entre humanos e evitar a propagação rápida do coronavírus.
“Antes da pandemia, as pessoas poderiam pensar que estávamos automatizando demais. Mas este evento vai levar as pessoas a pensar no que mais deve ser automatizado”, afirmou ao New York Times, Richard Pak, professor da Universidade Clemson, que pesquisa os fatores psicológicos relacionados à automação.
Segundo especialistas as recomendações de distanciamento social devem permanecer mesmo após o fim das quarentenas. Isso significa que a adoção do uso de robôs permanecerá acelerada, assim como outras tendências de digitalização como ensino EAD, entretenimento on-line e home-office.
Um exemplo é uso de robôs de telepresença que permitem uma comunicação com nível de interação física entre pessoas, sem os riscos de infeção pelo vírus e permitindo ainda conexão com localidades remotas.
Robôs de Telemedicina já estão no Brasil
Pode parecer ficção científica, mas não é. São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, já contam com hospitais e clínicas usando esses robôs para a realizar atendimentos médicos, acompanhamento e triagens em pacientes durante a Pandemia do Coronavírus.
A telemedicina é, indiscutivelmente, uma das frentes mais promissoras do mundo pós-pandemia. No dia 16 de abril deste ano, o governo do Brasil sancionou a lei que regulamenta a atividade no País. Ela estabelece que por telemedicina deve ser considerado “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”.
Antes mesmo da canetada presidencial, o segmento já havia se tornado uma realidade no Brasil. Aqui na Wishbox Technologies, estamos sempre atentos à tecnologias disruptivas, “já trabalhamos com robôs de telepresença desde 2015, mas hoje o uso desta tecnologia está em forte crescimento. Com o sinal verde da lei, as pessoas sentem mais confiança no uso dos robôs, principalmente agora devido à pandemia”, afirma o diretor Tiago Marin.
Um robô de telepresença é um robô que se locomove sobre rodas, é conectado com a internet e conta com um display e processador para realizar videoconferência. O rosto de quem o controla é transmitido no display, permitindo interação com pessoas de maneira muito semelhante à uma conversa feita pessoalmente.
Pesquisa da consultoria Bain & Company indica que mesmo após a pandemia os robôs de telepresença para medicina deverão continuar sendo usados hospitais e clínicas para consultas remotas.