A técnica de escaneamento e tomografia de artigos históricos já existe há mais de 10 anos! Mas quem imaginaria que esse recurso seria aproveitado em uma situação tão drástica, para recuperar partes tão importantes da nossa história?
Anos depois, o inventário digitalizado do Museu Nacional do Rio de Janeiro foi crucial para a recuperação das peças destruídas pelo incêndio. E pode parecer mito, mas as peças estão literalmente ressurgindo das cinzas graças à impressão 3D. Continue lendo e saiba como está sendo recuperado o acervo do Museu Nacional com impressão 3D.
Em setembro de 2018, os olhos de todo o mundo estavam voltados ao incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro. O Museu detinha cerca de 20 milhões de itens históricos, e grande parte foi consumida pelo fogo. A tragédia só não foi tão drástica, graças à tecnologia, que permitiu recuperar boa parte do acervo em um processo inédito.
Impressora 3D SLA para recuperar os artigos históricos
As coleções egípcias e paleontológicas, foram submetidas à tomografia computadorizada e escaneadas a laser a partir dos anos 2000. Dessa forma, as peças foram catalogadas digitalmente, e anos depois puderam ser reabertas em softwares de impressão 3D para sua concepção. É a primeira vez que esse método está sendo realizado, e ele não só garantiu a segurança das coleções históricas, como foi crucial para recuperá-las.
A tecnologia escolhida para a realização desse processo foi a impressora 3D SLA (estereolitografia), perfeita para dar forma a peças com detalhes minuciosos, que exigem alto acabamento e personalização. Os pesquisadores responsáveis por essa iniciativa, misturaram as próprias cinzas do incêndio ao insumo da impressora 3D para recriar o acervo histórico, preservando suas características.
Parte da coleção egípcia, como estatuetas, amuletos, pequenos vasos e fragmentos de placas já foram recuperados. Em maio de 2019, os arqueólogos envolvidos na recuperação desses itens, já apresentaram 27 objetos resgatados dos escombros do Museu Nacional com impressão 3D. A coleção continha 700 peças e era a maior da América Latina. Os pesquisadores acreditam que ainda há possibilidade de recuperar cerca de mais 300 peças.
Apesar das tristes circunstâncias, o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro abriu os olhos de pesquisadores em relação à segurança na conservação de artigos históricos, e em como a tecnologia 3D pode garantir sua preservação em casos de danos “irreversíveis”. O processo também abre pretexto para que outros casos possam incorporar essa solução.
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