Conheça o projeto desenvolvido por estudantes da USP, que rendeu o título na Competição Brasileira Universitária de Foguetes – Cobruf, e o impacto da ‘cultura maker’ ou do ‘faça-você-mesmo’ no aprendizado dos alunos.
A impressão 3D tem mudado definitivamente a formação e a habilidade de jovens em universidades, Fab Labs e outras instituições, que incentivam talentos e o conhecimento prático para a inovação. No Projeto Júpiter, equipe interdisciplinar da Universidade de São Paulo (USP), estudantes utilizaram a manufatura aditiva para colocar a ‘mão na massa’, fazer pesquisas científicas de aerodinâmica, participar de competições e desenvolver aptidões profissionais. O último projeto desenvolvido por eles, o foguete ‘Imperius’, com parte de sua estrutura impressa em 3D, rendeu o título principal na Competição Brasileira Universitária de Foguetes – Cobruf, após o lançamento.
Projeto JúpiterA materialização do projeto contou com o apoio da Wishbox Technologies, responsável por fabricar a ogiva (ponta do foguete) com impressoras 3D. Graças à tecnologia, foi possível desenvolver um formato diferenciado em sua estrutura que melhorou a aerodinâmica e que, segundo os estudantes, dificilmente seria alcançado com outro material ou processo.
Alunos da USP responsáveis pelo Projeto Júpiter“A possibilidade de customizar o projeto com o serviço de impressão 3D através do apoio da Wishbox foi fundamental para que o ‘Imperius’ alçasse maior velocidade e ângulo de ataque no lançamento oficial após as simulações computadorizadas”, comenta Kaio Ogawa, estudante de engenharia mecatrônica e capitão do Projeto Júpiter.
“Estamos orgulhosos em colaborar com a materialização do foguete ‘Imperius’. Acreditamos que essa conquista reafirma a importância da aproximação com jovens para a concretização de ideias e o rompimento das barreiras que distanciam o mundo virtual da realidade. Participamos de eventos que fomentam inovações tecnológicas e a educação no país de forma constante e no caso dos alunos da USP não foi diferente. Conhecemos a equipe durante a Campus Party quando desenvolvemos um minifoguete para demonstrar aos alunos”, explica Rodrigo Marin, um dos diretores da Wishbox Technologies, pioneira na revenda e distribuição de impressoras desktop no Brasil.
O lançamento bem sucedido do ‘Imperius’ foi realizado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), base da Força Aérea Brasileira (FAB), com o Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA), localizada em Parnamirim (RN). O foguete alcançou a velocidade de 1.000km/h e 3km de altura.
Construção do foguete contribui para a formação dos alunos da USP
Para o professor de engenharia mecânica e orientador do projeto, o doutor Bruno Carmo, a experiência do ‘faça-você-mesmo’ é importante na formação dos alunos para estimular a inovação e o trabalho em equipe.
Ogiva do foguete impressa em 3D na Ultimaker“Um grande diferencial do Projeto Júpiter é o envolvimento dos alunos no processo de construção. Até a usinagem é feita aqui na universidade e, apenas algumas partes são terceirizadas”, analisou o professor de engenharia mecânica e orientador do projeto, o doutor Bruno Carmo.
“Neste caso, a técnica de manufatura aditiva, através da impressão 3D, algo cada vez mais comum, contribuiu ao resultado final pelo tempo razoável de produção e, principalmente, a precisão adequada para a finalidade do grupo. São vivências na prática que dificilmente são atingidas em sala de aula”, concluiu o professor de engenharia mecânica e orientador do projeto.
Confira, no Futura Play, reportagem com Bruno Souza Carmo, professor supervisor do Projeto Júpiter, falando a respeito da disputa.
Assim como o Foguete ‘Imperius’, a impressão 3D ajudou na concepção de diversos outros projetos. Assine nossa a Newsletter e fique por dentro das novidades e dicas do universo 3D.