Apesar de ser um tópico comum nas discussões atuais sobre tecnologia, a impressão 3D é uma solução que já existe há mais de três décadas. As primeiras técnicas surgiram no início da década de 1980 e, desde então, auxiliaram vários setores a fazerem modelos e protótipos com alta precisão. Hoje, as impressoras 3D já auxiliam na medicina e até na construção de casas. Quer saber como tudo começou? Então leia o nosso texto de hoje e conheça a evolução das impressoras 3D!
Como tudo começou
Como dissemos, as primeiras impressoras 3D surgiram na década de 1980. A 3DSystems é apontada por muitos como a pioneira na área. Fundada por Charles Hull, a empresa criou modelos como a SLA-250 que, a partir de uma técnica batizada como estereolitografia, era capaz de imprimir objetos através de dados digitais.
Um ano após a SLA-250 ser disponibilizada no mercado, em 1989, a sua principal concorrente foi lançada. Criada por Scott Scrump, a 3D Modeler utilizava um sistema diferente, chamado de FDM (Fused Deposition Modeling).
Ambas chegaram ao mercado custando acima de US $ 100,000, o que dificultou que a indústria adotasse esses produtos e limitou a tecnologia à grandes centros e empresas de grande porte inicialmente. A tecnologia auxiliou diversos setores como o da automobilística, arquitetura, engenharia, design dentre outros a reduzir substancialmente os custos operacionais no desenvolvimento de produtos.
Ao longo dos anos, as impressoras sofreram grandes evoluções. Elas passaram a ser capazes de imprimir objetos com mais velocidade, cores e definição. Os custos também diminuíram, o que permitiu a popularização de iniciativas de código aberto pelo mundo todo.
RepRap: como um projeto Open Source serviu como divisor de águas
O Projeto RepRap surgiu na Inglaterra em 2004. O seu principal objetivo era a criação de impressoras para utilização em prototipagem e o desenvolvimento de componentes de plástico com mais agilidade. A auto-replicação (capacidade de uma impressora 3D “se imprimir” a partir de sua própria estrutura) é uma das características dos modelos criados pelo projeto.
Toda a iniciativa foi disponibilizada para uso gratuitamente na internet. É possível efetuar o download de modelos de produtos, artigos e todas as informações necessárias para reproduzir a RepRap em casa ou criar novas unidades, mais baratas ou eficientes. O sucesso foi tanto que, hoje, já existem pelo menos 16 modelos derivados da primeira versão da impressora disponíveis no mercado.
A criação de objetos é feita a partir da técnica conhecida como fabricação de filamentos por fusão (ou fused filament fabrication, em inglês). A FFF consiste em fixar um material em camadas, a partir de filamentos plásticos.
MakerBot: popularizando a impressão 3D Desktop
A MakerBot surgiu a partir do projeto RepRap e é baseada em Nova York. As suas impressoras 3D desktop foram projetadas para serem montadas por qualquer pessoa com conhecimentos técnicos básicos. Apesar das primeiras versões terem sido vendidas em kits “do it yourself” (faça você mesmo), os modelos da Makerbot ganharam espaço no mercado trazendo máquinas montadas prontas para uso e comercializadas em caixas fechadas.
Os modelos disponibilizados pelo fabricante podem imprimir em ABS (acrilonitrila butadieno estireno) e PLA (poliácido láctico). Em sua comunidade online, chamada Thingiverse, usuários podem postar modelos de impressão 3D de vários objetos, assim como documentos de design e auxiliar na criação de hardwares open source. Assim, a empresa é capaz de incentivar um uso mais inovador e colaborativo de suas impressoras.
A tecnologia de impressão 3D é algo que melhorou a vida de vários há décadas e promete ampliar a sua presença ainda mais nos anos que estão por vir. Da 3D System SLA-250 aos modelos da MakerBot, já é possível utilizar projetos para criação de protótipos, itens de decoração e até próteses médicas. Ao longo prazo, a tecnologia 3D irá permitir a criação de grandes comunidades DIY com alta colaboração e troca de informações entre seus usuários.
E pra você, qual será o futuro da evolução das impressoras 3D? Conta pra gente aqui nos comentários!
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